sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Pornografia

“A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício é quando se tem o prazer seguido da dor” (Margaret Mead).
            È só parar um pouco e observar o quanto o vício faz parte do nosso cotidiano, seja de uma forma escancarada como o crack, cocaína, álcool e maconha ou de forma sutil e lícita (mas prejudicial) como o cigarro e o abuso de álcool. Existem também aqueles vícios que trazem prejuízos a vida de uma pessoa e são vistos como comportamentos normais, como o consumo abusivo de alimentos, alta frequência de jogos de azar e a compulsão sexual.
                 A palavra vício vem do latim "vitium", que significa "falha" ou "defeito"  é um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem (Wikipédia).
            Pesquisas comprovam que existe uma relação direta entre prazer (imediato) e dependência, e o poder de atração para um novo ciclo de prazer-depressão, característico de todas as formas de vício. Tal comportamento pode ser ativado como fuga de problemas, falta de sentido na vida ou ocasionado por traumas de infância.
            Dentre os vícios que ocorrem por trás dos bastidores, ou seja, aquele tido como normal está o vício sexual. Problema no qual acarreta desde o fim de um relacionamento a riscos de vida para a vida de quem não consegue abandonar o vício.
            Tudo pode começar através do reforço dos pais diante de um comportamento sexual do filho, dentre eles o acesso a pornografia. Por ser um comportamento ligado aos valores de masculinidade distorcidos repassado pela sociedade, o vicio sexual age de forma silenciosa, pois geralmente é alimentado em silencio.
            Infelizmente cresce o número de pessoas que não conseguem ficar um dia sequer ser ter acesso a um prazer sexual, potencializando dificuldades que futuramente irão prejudicar os relacionamentos afetivos ou casamento.
            Os comportamentos que geralmente vagueiam na vida de um viciado sexual estão: ficar até tarde da noite assistindo TV ou conectado à Internet em busca de estímulos eróticos; acesso constante a pornografia; variações bruscas de humor antes ou depois das relações; alta exigência quanto ao sexo; ficar zangado se alguém demonstra preocupação sobre o problema de pornografia e ausência de intimidade no relacionamento conjugal.
A severidade da dependência varia de acordo com os comportamentos desenvolvidos e seus efeitos nocivos, que podem incluir: culpa remorso e pensamentos suicidas crescentes; irritabilidade e mudanças de humor, violência; discussões com familiares e amigos e problemas financeiros graves.
        Um viciado sexual também experimenta uma necessidade crescente de atividade sexual para sentir o efeito desejado. As insatisfações e/ou frustrações geralmente acabam encontrando a necessidade de uso progressivo de tóxicos/álcool. O ciclo decrescente encontra em seu caminho a baixa estima e a desvalorização do corpo, onde viciados sexuais podem não se preocupar mais em contrair doenças sexualmente transmissíveis.
                Quando a prática sexual ou estimulo torna-se uma necessidade diária é hora de parar para refletir. A falsa idéia de que existem pessoas que está sempre excitada e preparada para a relação é incoerente ao corpo humano que em sua normalidade está a interferência emocional na estimulação sexual, ou seja, existe um limite do corpo em relação ao relacionamento sexual. E é esse limite que o protege de um possível vício sexual (ou fuga) que todo ser humano está propenso, quando associa o prazer a fuga de problemas (sofrimento).
           Procurar um profissional especializado é essencial alcançar a recuperação e evitar futuros problemas. Em caso de se ter uma pessoa na família ou mesmo conjugue, agir com compreensão e amor é o melhor a fazer, além de fortalecê-lo para procurar ajuda.

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