sexta-feira, 24 de julho de 2015

Contra o Vento

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“Melhor é ter um punhado com tranquilidade do que dois punhados à custa de muito esforço e de correr atrás do vento” (Eclesiastes 4:6)
O sábio Salomão foi um grande entendido em acumular riquezas, teve muitas mulheres e boa reputação. Mesmo com toda a sabedoria caiu em falha agindo contra seus princípios e contra os princípios de sua fé. Se arrependeu e em seu livro Eclesiastes comenta sobre ocasiões na vida em que muitos correm atrás e esquecem dos verdadeiros valores. Ele passa a utilizar um termo, “correr atrás do vento”, para expressar a inutilidade de se preocupar tanto em acumular e esquecer do que realmente importa na vida. O sábio Salomão continuou rico, mas com um novo olhar sobre a vida.
Percebo muitas pessoas que perdem sua saúde, sua família, seu casamento e seu tempo com os filhos para correrem e correrem atrás de acumular riquezas, se perdendo no meio do caminho e quando retornam já não encontram mais tudo do jeito como deixou.
Tem uma reflexão de Jim Brown que diz: “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer e como se nunca tivessem vivido”.
Viver uma vida sem prioridades é correr o risco de não vive-la plenamente e posteriormente sentir a sensação de viver por viver. Muitos fazem cálculos de quantos cafezinhos devem ser economizados hoje para gerar um montante daqui a dez anos, esquecendo que dependendo da idade, daqui a dez anos o estomago não vai suportar mais o café, ou a comida preferida e evitada, as pernas não suportaram mais o passeio adiado, os olhos já não captarão mais os detalhes das paisagens, os filhos já não estarão mais na fase das gracinhas e no contentamento de saborear um algodão doce em um parque de diversões.
Não digo que não devemos economizar, mas faze-lo sem deixar de viver momentos que amanhã poderá não se repetir. Augusto Cury diz que existem muitos milionários na miséria e muitos pobres milionários. Ter muito dinheiro não significa que haverá alegria e felicidade, mas o amor e a priorização da família sim, proporcionará momentos felizes. Viver uma vida valorizando pessoas e não os bens trará a sensação de ter cumprido o seu papel nesta vida, de ter valorizado a vida que Deus nos emprestou e devolve-la adornada de momentos de caridade e amor ao próximo. 
Ao invés de reclamar, murmurar e criticar tudo e todos opte por uma vida bem vivida, não desperdiçando momentos que poderiam ser vividos com alegria independente das circunstancias.
Há pessoas que acreditam que a alegria só virá com o dinheiro, bom emprego, entre outros, e quando tem por incrível que pareça não sentem alegria, sentindo então a mesma sensação do sábio Salomão descrita em seu livro.

Viva a sua vida hoje! E plante hoje, para continuar plantando. Já os frutos virão de qualquer forma, no seu tempo e o resto, é correr atrás do vento! 

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