segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Fé e amor







“O nosso problema não é a fraqueza, mas é a falta de consciência da nossa fraqueza”.
(Paul Washer)
            Muitos livros de autoajuda têm o mesmo resultado de colocar uma pilha no congelador (quem nunca fez isso quando criança?), dura por mais ou menos 10 segundos. Queremos respostas rápidas para problemas que já está há muito tempo fazendo parte de nossas vidas. Temos uma visão muito ampla do que pode melhorar em nossas vidas, mas não temos a consciência das nossas fraquezas e nem ânimo para sair delas.
          
  Pessoa que não tem noção de suas fraquezas é acometida pela síndrome do papagaio, onde só repete palavras bonitas e não as cumprem em nada. Muitos por arrogância mesmo ou falta de caráter, mas outros por realmente não saberem o que fazer. Vou focar neste último, pois os arrogantes e sem caráter sempre têm desculpas e acham tudo uma idiotice, entendo é uma forma de continuarem em seu triste mundo.
            Se perceberem os nossos problemas sempre tem como base a falta de amor ou a falta de fé. Alguns dos problemas causados por falta de amor são: egoísmo, inveja, vanglória, ira, orgulho, maus tratos, rancor, injustiça e intolerância a frustação. Dentre os causados por falta de fé podemos encontrar: apatia, desanimo, criticismo, falta de sentido de vida, falta de visão de futuro, falta de sonhos e planejamento, sofrimento exacerbado mediante a situações difíceis e adoecimento frequente.
            Quem tem dificuldade para amar se defende com uma afirmação: “eu amo, mas não sou idiota!”. O amor é algo incondicional, ou seja, não impõe condições, isto implica em dizer, aconteça o que acontecer eu amo. Outra desculpa que as pessoas dão é que não perdoam porque não sentiram em seu coração. Uma vez que o coração só serve para bombear o sangue o coitadinho não é capaz de gerar força para o perdão. Já o cérebro em sua complexidade traz consigo as aprendizagens da pessoa, uma vez que aprendeu a lei olho por olho e dente por dente, não produzirá perdão. Então da onde vem o perdão? Vêm do espírito (frutos do espírito), pesquisas comprovam que quem tem uma boa espiritualidade (e não religião) é mais capaz de perdoar o próximo do que os que não têm.
            Em análise a função do terapeuta é ajudar o paciente a encontrar a situação (ou pessoas) na qual ocasionou os sentimentos que o aprisionaram. Ao encontrar, o paciente deve reinterpretar a situação com a sua maturidade atual. É comum vermos pessoas que já estão a quase dez anos em análise e parada na mesma questão ou que após alta, recaem nos rancores da mesma situação do passado. Mas quando a pessoa desenvolve e se conscientiza de suas fraquezas, reestruturando-se no amor incondicional e fortalecendo sua fé ai sim consegue desfazer quaisquer amarras do passado. 
            Já atendi parentes de vítimas de homicídio, vitima de estupro, abandono, prejuízos financeiros, entre outros, e que foram curadas com altas doses de amor e fé. Dos frequentes atendimentos as tentativas de suicídio muitos encontraram esperança no simples conselho: “se está tudo indo mal em sua vida, apegue-se em Quem realmente pode te ajudar”. Nas crises de casamento o espanto vem quando o casal reconhece que o que achavam que era amor na verdade não sabiam o que significava amar.
            Um dia um homem me disse que era muito fiel a sua igreja e amava muito ela, eu respondi: “muito bem, faça o mesmo com a sua esposa!”. Dizer que ama não significa que é isto que realmente acontece, pois quem ama não tem medo de ter o maior prejuízo por causa dele. Muitos matam por (acharem que é) amor, mas na verdade é por covardia, porque quem ama quer o melhor para o próximo nem que isto signifique, estar bem longe dele. Dizer que tem fé não revela necessariamente o quanto crê, mas são nos momentos de maior sofrimento e quando parece não ter fim, que realmente mostramos que temos fé sem murmurar.
            O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece.....”. (1 Coríntios 13:6-8)

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