terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dia do Psicólogo: eu, três sábios e o Mestre


          Lembro como se fosse hoje, daquela aula de filosofia da minha 5° série, onde após uma grande filosofada que muitos não entenderam nada, o professor pediu para que escrevêssemos o que tínhamos compreendido. Ao entregar o trabalho corrigido o professor virou para mim e disse: “Você tem um talento de interpretar o que as pessoas falam”! Aquilo para mim teve um efeito grandioso, pois era um dos piores alunos da sala, a partir desta data entrou no meu coração o desejo de ser psicólogo.
     
     
          Também me lembro do primeiro caso clinico que atendi no 5º ano de Psicologia (coincidência não?), a faculdade que fiz só tinha estágio (práticas) no quinto ano. Minha primeira missão era ajudar uma adolescente a superar o medo de cirurgia, pois deveria realizar com urgência uma cirurgia do coração. Era uma missão dupla porque também deveria convencer sua mãe a assinar e agendar a cirurgia, na qual tinha resistência.  Eu tinha três meses para isto (prazo do médico dela) a jovem com um mês desejava operar, mas a mãe ainda não. Eu não sabia muito que fazer, meu supervisor me passou algumas bases teóricas comportamentais para convencê-la, o que não me ajudou muito. Entendi que a mãe da mocinha não tinha fé, tive um insight sobre o que eu deveria fazer. Recorri às teorias do meu teórico favorito Viktor Frankl, que diz que somos seres bio-psico-espiritual, e a função do terapeuta é ajudar o paciente a fortalecer nestes três fatores. No final de cada sessão liamos salmos de encorajamento e na ultima sessão com a família reunida fizemos uma oração. A cirurgia foi um sucesso, os médicos se espantaram ao ver a rápida recuperação da jovem.
            Sigo hoje as orientações de três sábios teóricos e um Mestre, são eles: Aaron T. Beck, psiquiatra americano e pai da teoria cognitiva; acredita que as crenças/pensamentos influenciam no comportamento. Por seguinte, Irvin D.Yalom, psiquiatra americano, existencialista, expert na estruturação do relacionamento terapeuta-paciente. Eis o favorito, Viktor Frankl, um psiquiatra Judeu Austríaco, que como prisioneiro em um campo de concentração de Hitler, fundamentou a Logoterapia, a terapia do sentido. Entre seus livros escritos esta o “A presença ignorada de Deus”. E por fim, também sigo os ensinamentos do Pai da psicologia e Mestre, Jesus.
            Nos livros “Jesus o maior Psicólogo que já existiu e Como Deus cura a dor”, Mark W. Baker, psicólogo americano, relata casos clínicos junto a exemplos de como Jesus realizava suas curas.  O autor ressalta que toda base teórica é fundamentada nos ensinamentos de Cristo, o que também acredito.
            Sei que o que estou escrevendo é um prato cheio para algumas pessoas que me acham um E.T e para alguns profissionais que adotaram a abordagem de falar mal do outro para fidelizar clientes. Mas, não posso escrever um artigo sobre o dia do Psicólogo sem lembrar daqueles que me influenciaram a ser um, maiormente o grande mestre Jesus.
            Não me contentava com a historinha da evolução do homem através do macaco em meio às aulas de anatomia, era muito claro que a complexidade do cérebro humano não poderia diminuir-se a isto. Não me contentava com muitas teorias de homens que durante suas fundamentações teóricas, surtaram ou eram mais neuróticos do que suas teorias (opinião pessoal), mas meu coração enchia de alegria quando aprendia sobre homens que foram exemplos de vida, bons líderes familiares e humildes. E como contestar um Homem que por onde passava mudava o comportamento das pessoas, acrescentavam sua fé e através de seu comportamento terapeuta-paciente, fazia com que as pessoas refletissem sobre seus valores e fortalecesse seu sentido de vida.
            Parabéns a todos os psicólogos! Desejo que todos se espelhem em grandes exemplos, para que sejam instrumentos nas mãos de Deus diante da missão ajudar os que sofrem. 

    

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