quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Bem me quer ou MAL ME QUER?




 Em nosso país entre as várias dificuldades sociais encontramos o alto índice de gravidez na adolescência, divórcios e crise financeira. Tais dados contribuem para o fortalecimento de um vilão que faz muitas vítimas desde o nascimento ou em plena infância, que se chama rejeição.
  
Já é comprovado pela medicina que os bebês sentem desde o ventre as emoções que são emitidas pela mãe diante as situações de seu cotidiano. Se o bebê sente as emoções obviamente ele sente também quando não é desejado pelos pais ou pela família a sua volta.
    As crianças que nascem em um ambiente em que há rejeição ou falta de afeto geralmente crescem com feridas emocionais de rejeição. A criança que sofreu rejeição pode apresentar os seguintes sintomas: agressividade, ansiedade (não parar quieto), choro fácil, ciúmes excessivo, dificuldade de aprendizagem, entre outros. Quando adolescente a agressividade também é um sinal junto a comportamentos autolesivos e trocas constantes de namorado(a)s. Já os adultos tendem a expor crenças de que estão sendo trocados ou excluídos, além de também poder apresentar agressividade, depressão, ciúmes excessivo e dificuldade de se relacionar afetivamente (trocas de parceiros constante) e socialmente.
    A ferida de rejeição também pode ter origem na dificuldade de educação dos pais, ou seja, quando um deles é incapaz de expressar sentimentos, fazer elogios ou assumir a paternidade/maternidade. È comum vermos nos dias atuais (e liberais) muitas crianças crescerem sem ter o nome do pai ou nem sabendo quem é o seu progenitor. Por mais que se ache que tal problemática não afeta em nada a vida de uma pessoa, na verdade causa grandes estragos. Em minha prática como psicoterapeuta e psicólogo hospitalar percebo os danos na vida de pessoas que não foram bem recebidas ao mundo ou também não foram acolhidas pelos pais e familiares.
    Muitos relacionamentos (principalmente casamentos) são destruídos pela ferida de rejeição, pois, como já disse, trás consigo o ciúmes excessivo (insegurança) e a desconfiança. A desconfiança na íntegra trata-se do fato de duvidar do amor do outro. A vítima da rejeição sempre acha que o amor do outro é temporário, que acabará após alguma discussão ou contratempos. Tais dificuldades inclui a crença distorcida de amor, não sabendo interpretar a linguagem do outro, acreditando que qualquer comportamento estranho é um sinal de desamor.
    Não sentir-se amado, abre um leque de sentimentos negativos de abandono, promovendo a ira e por conseqüência o ataque aquele que o abandona, seja verbal ou físico (violência doméstica).  Tal pessoa sempre se envolve em relacionamento conturbado porque qualquer ato de atenção é interpretado como amor (que não teve dos pais), o que futuramente transforma-se em lágrimas.
    Grande parte da população não dá atenção nem se interessam sobre este assunto, mal sabem que a maior porcentagem das pessoas que tentaram suicídio tem feridas de rejeição. Sentem-se desamparadas pela família ou conjugue.
    As marcas de uma rejeição dura pelo resto da vida se a pessoa não procurar ajuda. Como é impossível esquecer, a melhora virá através de uma reinterpretação (olhar de forma diferente) do passado. Amar a si próprio e buscar acolhimento, compreensão e amor através da Fé, proporciona uma melhor compreensão existencial. Se você sempre se sente como se estivesse sendo abandonada(o) pelas pessoas ou se sempre que agradar o outro acima de qualquer coisa, mesmo que para isso você seja a pessoa mais prejudicada, é hora de procurar ajuda!
    E para você que se identificou com este artigo quero lhe dizer que:
     “Além da dor além do choro, existe Alguém que olha por você, além de mim eu sei, existe um Deus que não se esqueceu, não se esqueceu......” (trecho da música: “Um lugar para descansar”, Livres para adorar).
   

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