quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Senti no Coração!





“O espírito é sempre vítima dos enganos do coração” (François La Rochefoucauld).


O coração humano é o órgão responsável pelo percurso do sangue bombeado através de todo o organismo, que é feito em aproximadamente 45 segundos em repouso. Bate cerca de 109.440 a 110.880 vezes por dia, bombeando aproximadamente 5 L de sangue (Wikipédia). Então como vemos a função do coração é bombear sangue, mas muitas pessoas depositaram nele mais um encargo, o de centro de referencia para tomada de decisão.
O perigo de atribuir ao coração a responsabilidade de tomada de decisão é perceber posteriormente que a voz ouvida na verdade era a voz do seu próprio desejo (ego).
O marketing comercial colaborou para que o coração fosse visto de uma forma romântica, atribuindo a ele além do novo design, algumas responsabilidades amorosas. Onde é comum ouvirmos: “Não tenho culpa se o meu coração não quis”, “meu coração não consegue ficar longe dele (a)”, “meu coração fechou para ela (e)”, entre outras. Na verdade o coitado do coração é um pretexto para a tomada de decisão da própria vontade da pessoa. Em alguns casos extremos, ouvimos em alguns noticiários “fulano (a) matou por amor” e/ou ouvimos como conselho (sem noção), “faça o que o seu coração pedir”.
Alguns religiosos confundem também o sentido de coração que aparecem na bíblia, pois, coração recebe destaque nas Escrituras, sendo mencionado cerca de mil vezes, de uma ou outra maneira. As palavras hebraicas (lev, leváv) e a grega (kardía) para “coração” são usadas pelos escritores bíblicos tanto de modo literal como figurativo (bibliotecabiblica). Na grande maioria das suas ocorrências nas Escrituras, a palavra “coração” é usada figurativamente. Ele representa “a parte central em geral, o íntimo, e assim o homem interior, conforme se manifesta em todas as suas diversas atividades, nos seus desejos, afeições, emoções, paixões, objetivos, seus pensamentos, percepções, imaginações, sua sabedoria, conhecimento, habilidade, suas crenças e seus raciocínios, sua memória e sua consciência de si mesmo”. — Journal of the Society of Biblical Literature and Exegesis (Revista da Sociedade de Literatura e Exegese Bíblicas), 1882, p. 67.
O cérebro é responsável pelos sentimentos, assim como também a mediação entre a razão e a emoção. O homem então é dotado de uma capacidade de agir de forma racional, usando a sua inteligência para planejar as suas ações diante aos sentimentos emergidos em si, nas mais diversas situações. Tal tarefa não é fácil, pois exige da pessoa um autoconhecimento, conhecendo suas limitações e falhas.
Muitos relacionamentos iniciam com uma emoção do coração e acaba com uma desilusão racional. Ouço muitas pessoas dizerem: “Não sinto mais nada pelo (a) meu/minha marido/esposa, meu coração está fechado”. Na verdade o que acontece na vida de muitos é a falta de comprometimento de um dos conjugues ou dos dois, ou seja, falta de comportamentos necessários para que se desenvolva o companheirismo, a paciência, compreensão, ingredientes necessários para que haja (desenvolva) o amor.
Durante a paixão o cérebro libera substancias que produzem reações corpóreas “por certo tempo”, entre elas o coração acelerado. O objetivo geral é facilitar o inicio do relacionamento, pois, quando chega o tempo de validade a sensação passa, dando inicio ao amor racional (estruturado). Neste momento ouvimos muitos dizerem: “meu coração não sente mais o mesmo sentimento por ele (a) como antes”.
Convido você, a partir de hoje, aprender a olhar para dentro de si, se autoconhecer e aprender a ouvir a voz de Deus, para que assim, suas atitudes sejam cada vez mais centradas, justas e com senso de responsabilidade. Dando ao coração um grande descanso, proporcionando assim mais saúde a ele.

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