terça-feira, 25 de julho de 2017

A Arte de Conviver

                                             

“Amar os homens é a essência da convivência. Conhecer os homens, a essência da sabedoria” (Confúcio)
“O talento molda-se na solidão; o caráter, na convivência” (Johann Goethe)
Estou de volta amados leitores que incansavelmente me pediram para voltar a escrever, após o fim do Jornal Folha da Estancia tirei um ano sabático de artigos uma vez que fiquei mais de 10 anos escrevendo para jornais. Mas agora podem compartilhar por aqui e no blog os artigos semanais que escreverei.
Se relacionar não é uma tarefa fácil independente com quem seja, familiares a amigos ou desconhecidos, o desgaste e os desafios são os mesmos. Dentre os assuntos mais procurados nos sites de busca da internet estão os temas relacionados com as soluções para sobreviver aos relacionamentos interpessoais e afetivos.
Muito já foi cantado, escrito, falado sobre o assunto, minha geração uniu-se ao coro de “É preciso saber viver” com os Titãs, mas infelizmente é uma das gerações marcadas pela solidão, divórcios e falta de habilidade social.  
Se relacionar é muito difícil por algumas razões, uma delas é da nossa cultura que não traz consigo a base do ensinamento de pais para filhos da arte de conviver, uma vez que a grande maioria das famílias estão padecendo porque seus líderes não tem estrutura alguma e vem descendo a ladeira abaixo, seguindo o fluxo cheios de feridas não tratadas. Outra razão da dificuldade é que muitas pessoas uma vez que não tem estrutura de berço, estudam sobre tudo, menos sobre a arte da convivência. As pessoas querem uma solução mágica para os conflitos em um relacionamento e a maioria das vezes a saída é falar mal e colocar um defeito no outro, senão fazer-se de vítima ou abandonar o barco.
O livro e o filme (para os mais preguiçosos) a Cabana dá uma aula da arte de conviver, mostrando a essência do relacionamento: conviver para poder amar e ter/dar confiança. Hoje em dia é mais difícil ser líder de pessoas pois antes se liderava por medo ou poder, agora não funciona mais, o que as pessoas querem é conviver para decidir se vão seguir o líder ou se rebelar. Muito tempo atrás Jesus conviveu com seus discípulos por três anos para depois mostrar a missão que eles teriam. Nos deixando essa dica!
No filme A Cabana mostra que para que uma pessoa consiga se desarmar, confiar e parar para ouvir primeiro precisa passar pelo tempo da convivência. Na convivência é que o caráter de ambos passam a ser visto de forma mais clara. É na convivência que o perdão ganha mais ênfase, que as palavras parecem soar mais suaves, o coração passa a se adaptar ao outro e tudo se torna mais fácil.
Conta-se uma história que ao perguntar para uma senhora mãe de um jovem que fora assassinado, uma vez que o marido já tinha falecido anteriormente deixando-a sozinha, o que ela queria que fizesse com o assassino, ela respondeu: “gostaria que liberasse ele da prisão para almoçar comigo todo domingo”! Mas como assim? Respondeu indignado o Delegado. Ela tornou a falar: “somente convivendo com ele eu poderia perdoá-lo e através da convivência comigo em minha triste solidão, ele poderia entender o que realmente fez comigo”.
Continua...........

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