terça-feira, 21 de outubro de 2014

Dormindo com o inimigo: o perigo do segundo casamento


“Quando a opção de escolha dos adultos excluem o bem estar das crianças”
            Quem não se chocou com as cenas mostradas na TV de um padrasto judiando de sua enteada, não a deixando dormir e dando cebola para ela. São cenas aterrorizantes, mas imaginem quantas crianças sofrem e não há ninguém para filmar e ou para denunciar.
            Com o aumento do número de divórcios e o incentivo da mídia a nova moda dos relacionamentos fast food, as crianças é que estão pagando caro por isto, pois a opção de escolha dos separados está cada vez mais centrada em sua escolha do que na nova realidade debaixo de seus olhos.
         
   Quando uma pessoa se separa e tem filhos morando junto ou não, deve ser consciente de que a sua próxima tentativa deve ser mais criteriosa do que a primeira (que não deu certo), levando em consideração em primeiro lugar o bem estar dos filhos, principalmente se são indefesos. Uma vez que as crianças já passaram pelo estresse do divórcio que em muitos casos foram adornados de brigas e confusões, devem ser poupadas de reviverem o mesmo só que agora com uma pessoa estranha.
            Nos novos critérios de escolha a pessoa desejada deve saber lidar com crianças e ter caráter suficiente de trata-las como se fossem seus filhos, geralmente pessoas que já os tem ou são humildes o suficientes de tratar bem filhos de outras pessoas.
            Outro critério é a sanidade mental do(a) candidato(a), descartando qualquer indicio que leve a um perigo de maus tratos as crianças. Uma grande dica é investigar se a pessoa sofreu maus tratos dos pais ou de algum cuidador, também é de extrema importância levantar se já sofreu algum abuso sexual na infância, porque todos estes indícios pode levar o indivíduo a repeti-los.
            Você pode estar pensando: “nossa, se eu investigar tudo isto vou assustar a pessoa”! Não! Quem tem caráter e boa intenção toma a iniciativa de contar e perceber que necessita de ajuda para prosseguir no relacionamento e/ou prevenir problemas futuros.
            Percebo que em muitos casos de divórcios mal resolvidos onde a pessoa que foi abandonada por orgulho parte para o tudo ou nada para encontrar alguém que supra suas frustações e também ajude a provocar a pessoa que a abandonara. Após um tempo, mediante aos conflitos insuportáveis entre os filhos e a pessoa escolhida, param para pensar que não fizeram uma escolha consciente. Após uma separação conturbada geralmente alguém sai com a auto estima danificada, tornando-se uma presa fácil para pessoas descontroladas e problemáticas, que encontra na fragilidade do outro uma forma de se afirmar.
            A criança que teve um pai bom ou uma mãe boa quando se depara com o novo casamento dos pais, mas agora com uma pessoa totalmente contrária do que estava acostumada, sofre muito, principalmente se o seu lar tornou-se pior, menos amoroso do que era acostumada. Já atendi muitas crianças que relataram desejo de sair de casa para não sofrer mais e o mais triste é que a mãe ou pai nestes casos interpreta como teimosia da criança.
            Nós adultos gostamos de chegar em casa e relaxar após um dia de trabalho, isto porque vemos a nossa casa como um local de descanso e paz (pelo menos é o que deveria ser), a criança também faz esta mesma leitura, mas quando chega em casa e se depara com alguém que só quer mandar nela e maltrata-la, perde o estimulo de ficar em casa e pode deprimir pela ausência de paz.

            A você que se encontra nesta situação, com filhos e prestes a entrar em um relacionamento, pelo amor de Deus cuidado! Não coloque seu filho em risco por causa de um relacionamento e não coloque dentro de casa alguém que pode roubar a vida de deus filhos seja literalmente como no caso Bernardo ou emocionalmente, tirando sua infância e adolescência e colocando traumas no lugar. Se acaso não se sente segura para esta tomada de decisão procure ajuda.        

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