quinta-feira, 12 de julho de 2012

Por trás da tragédia


"A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa” (Karl Marx)
            É comum ficarmos aterrorizados com notícias catastróficas de assassinatos, suicídio e acidentes. Também é comum ficarmos abismados com as informações posteriores que comprovam a farsa, a mentira ou a verdadeira culpa ser da pessoa que até então era a vítima.
           As vezes vemos notícias de acidentes terríveis e nos angustiamos ao ver a idade das vítimas e quando nos colocarmos no lugar dos familiares. Mas depois não nos conformamos ao saber que tal acidente foi fruto de imprudência do condutor e vítima.

            Diante das notícias de suicídio consumado, a população fica estarrecida com o ocorrido e todos procuram um motivo para explicar tal barbaridade. Assim como diante a uma suposta morte súbita, as perguntas entoam em um coro “mas como pode isto ter acontecido”? Sabemos que eventualidades acontecem, mas tirando os raros aspectos naturais das tragédias sobra a nossa responsabilidade/decisão.
            Mediante aos meus anos como psicólogo hospitalar e diante aos vários e semanais atendimentos tentativas de suicídio ou males físicos causados pelo emocional, posso afirmar uma coisa: uma pessoa que chega ao ponto de se matar na verdade já estava se matando a um bom tempo e muitas pessoas o provocam através de comportamentos e hábitos não saudáveis.
            O fim de um relacionamento principalmente do casamento é visto por muitos como um fato não esperado, mas por trás dos bastidores no dia a dia da ralação havia comportamentos destrutíveis por ambas as partes. Seja por falta de investimento para diminuir os fatores ruins ou de manutenção dos momentos bons.
            Um endividamento pode soar como um acidente natural, mas no fundo geralmente é causado por falta de planejamento. Alguns acidentes automobilísticos trás consigo alguns fragmentos inconscientes suicidas. Sim, é isso mesmo, como exemplo posso apontar as bicicletas na contra mão, onde a tendência de todo motorista é fixar a atenção para os carros que vem no sentido da via. Beber e dirigir nem se fala e também o excesso desnecessário de velocidade.
            O cigarro, o excesso de bebida alcoólica, as automedicações, o excesso de trabalho entre outros, são grandes investimentos para um futuro mal súbito que quando ocorre é um fato sem explicação aos familiares.
            Voltando as reflexões sobre suicídio, o ato letal que a pessoa utilizou é só o fogo na pólvora que já estava posta. Os casos em que o motivo foi o relacionamento (conturbado) é uma consequência de ter passado muito tempo sem procurar ajuda para si e para a relação.
            Temos que investir em nossa vida diariamente, cuidando do corpo, do emocional e do espírito. Colheremos através deste investimento uma vida saudável e feliz. Se sua vida não está como você gostaria ou sonhou, comece hoje a investir em uma mudança ou tente hoje procurar ajuda profissional ou espiritual para assim investir em um futuro diferente.
            Você é quem decide hoje que tipo de vida terás amanhã!

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