sábado, 19 de maio de 2012

Um Sentido para o sofrimento

“Quem tem um por que viver pode suportar quase qualquer como” (Friedrich Wilhelm Nietzsche).

            Há dias em que as lágrimas não cessam; há dias em que a tristeza parece não passar; há dias em que a solidão é a única certeza. Só há uma certeza: “sempre haverá sofrimento”, mesmo que ao amanhecer tudo foi embora, mesmo que o sorriso voltou a aparecer, mesmo que haja pessoas queridas a nossa volta, os dias ruins virão, isso é fato.
          
  Livros de autoajuda podem te mostrar como recuperar a felicidade em dez dias ou como pensar positivo em meio a uma tempestade (o que deve ser difícil até para o escritor do livro), mas mesmo assim os dias difíceis chegarão.
             Tentar fugir dos problemas é uma alternativa que muitos buscam, sejam em um copo de cerveja ou em situações que faça os sentimentos anestesiarem. Mas, ao acordarem e abrir a janela, lá bem próximo ou muito distante o sofrimento está vindo.
            Pessimismo? Infelizmente não! Não tem como viver sem passar por dificuldades que estão inseridas na vida. Há muitas receitas para superar o sofrimento, algumas delas servem muito; para piorá-los.
            Observo que as datas comemorativas estipuladas pelo mundo capitalista contribuem muito não só para o aumento das compras como também para aumentar o sofrimento de quem: não tem namorado(a), não tem mão/pai ou não tem alguns deles junto a mesa na ceia de Natal.
            A solidão está cada vez mais presente nesta era glacial, onde a frieza está tomando conta do coração de pessoas interessadas somente em si ou em ter. Ter uma pessoa com problemas ao lado é um motivo para correrem dela ao invés de ajudar.
            Nós terapeutas sabemos como as pessoas se sentem, o quanto é dolorido não ter ninguém por perto e a sensação terrível que tem aqueles que pedem socorro, mas não são ouvidos. Mas mostramos a eles que o sofrimento aumenta e torna-se insuportável quando não há um sentido. Quando damos sentido a um sofrimento as forças são recompostas mais facilmente do que quando estamos a deriva em meio a um mar de angústia.
            Viktor Frankl psiquiatra Vienense que elaborou sua teoria (terapia do sentido) como prisioneiro em um campo de concentração nazista comandada por Hitler, onde afirma que a vida precisa de sentido e para que isto aconteça, o sofrimento também deve ter um. 
            Dar sentido ao sofrimento é utilizar a ferramenta humildade para construir em cima de um evento ruim uma razão para abrigar pessoas debaixo da fortaleza construída com as pedras encontradas pelo caminho.
            Uma paciente minha diante ao primeiro dia das mães sem sua mãe, usou tal sofrimento como motivador para ajudar outra pessoa que estava passando pela mesma situação, mas sem um sentido. Tal comportamento rendeu a si uma capacidade de recompor forças mesmo sentindo que as lágrimas ainda querem seguir o caminho do seu rosto.
            Vemos que muitas pessoas que tiveram seus filhos assassinatos uniram-se e criaram projetos ou ONGs para ajudar outras pessoas a suportarem a dor da qual já sentiram.
            Temos que ter pessoas que superaram somo exemplo, eu, por exemplo, admiro um homem que se chama Jesus, que diante a uma dor tão grande que fez com que sangue saísse pelos seus poros, encontrou sentido para suportar o sofrimento de saber que morreria em pouco tempo. Ele olhou para mim e para você como o sentido do seu sofrimento e venceu.
Encontre um sentido par ao seu sofrimento!

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