quarta-feira, 4 de abril de 2012

E se fosse você?


         
 


         Nos últimos artigos tenho trazido algumas reflexões sobre a grande diferença entre falar e agir. Quando nos esquecemos de olhar primeiro para nós antes mesmo de julgar ou afirmar algo, geralmente cometemos injustiça.
            Uma cena me inspirou para escrever este artigo: “Algumas crianças estavam brincando quando uma delas derrubou outra, sua mãe apressadamente a pegou pelo braço e chacoalhando-a disse para pedir perdão a amiguinha e aos gritos levou um sermão na frente de todos”. A minha pergunta na hora foi: Será que esta mãe pede desculpas a todas as pessoas que ela machuca? Será que ela resolve seus problemas na hora em que eles ocorrem?
          
  Não é atoa que Jesus disse que “aquele que quiser herdar o reino dos seus deveria ser igual a uma criança” (Lucas 18:16), pois, se você parar para imaginar as humilhações que uma criança sofre e mesmo assim perdoa de coração quem a machucou e volta a sorrir após uma sugestão de brincadeira.
            Crianças levam bronca na frente dos outros, tem sua intimidade violada quando seus pais reclamam delas para a visita em suas casas, os pedidos de desculpas tem que ser na frente de todos, quando chora recebe ordens para engolir o choro e quando erra apanha ou leva um sermão antes de explicar o que aconteceu. Mas adultos, e se fosse você? Você gosta de ser repreendido na frente dos outros? Gosta de ter sua intimidade violada aos outros? Quando erra, pede desculpas na frente dos outros? Quando chora por algo que lhe faz sofre muito, você consegue engolir o choro? Quando comete uma falha e é repreendido ou sofre agressões antes de se explicar, como se sente?
            Por que obrigar as crianças a fazer algo que nós não conseguimos fazer? Não seria mais justo se perguntar: E se fosse eu nesta situação? Como gostaria que agissem comigo? Como gostaria que meus pais fizessem na minha infância?
            Que tal além de tentar ensiná-las também aprendêssemos com elas? Conseguiríamos perdoar facilmente, seriamos mais sinceros, mais felizes com menos, não nos preocuparíamos tanto com a nossa aparência, seriamos mais fiéis aos nossos amigos, trataríamos melhor os animais, veríamos nossos pais como heróis mesmo tendo falhas, cantaríamos mais, sorriríamos mais, creríamos mais que há um Deus que está olhando tudo o que fazemos, não seriamos tão preconceituosos, não reagiríamos com agressividade às humilhações, etc, etc, etc.......
             E vocês pai e mãe, aceitam também aprender com os seus filhos? Lembro-me de um dia quando eu tinha aproximadamente 9 anos minha mãe me perguntou o que ela deveria fazer em relação aos seus estudos, estava insegura e nesta época eu não gostava muito de estudar mais perseverava pois tinha um sonho. E este foi o meu conselho a ela, perseverar mesmo com insegurança. Sempre admirei minha mãe por isso, ensinava e estava aberta para aprender.
            Existe um vídeo na internet que achei super interessante, onde o pai conversa com o filho sobre o seu sofrimento por ter abandonado a chupeta. O filho estava muito triste e o pai dizia que estava com ele e que o ajudaria a suportar.
            Vamos pensar nisto, antes de tomar uma atitude com uma criança vamos nos questionar: E se fosse eu? Ensine-as com amor e esteja aberto para aprender com elas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário