Henry (nome fictício) sempre chegava as
sessões cabisbaixo, desanimado com a vida e principalmente com a sua profissão.
Experimentava sempre o gosto amargo do desemprego. Sua fala se repetia em todas
as sessões:
___ Iris, não sinto mais vontade de
lutar pela vida, estou desanimado! Não agüento mais ficar desempregado, estudei
tanto para que?
Henry
já estava cansado de ler livros de auto ajuda que falavam sobre superação,
força do pensamento ou o segredo da prosperidade. Estava enfadado também de
conselhos de pessoas próximas que diziam: ergue a cabeça, você é forte, não
deixa o desânimo te abater, etc, etc, etc.
Minha
missão era saber por onde estava minando as energias de vida do Henry,
aparentemente a angustia de estar desempregado estava afetando a sua
auto–imagem de provedor do lar, causando-lhe insegurança.
____Henry, como está o seu
relacionamento familiar?
____ Ah, faz muito tempo que não me
entendo com a minha mulher.
Bingo!!!
Nesta fala estava a raiz do problema. Henry acabara de me mostrar o buraco do
vazamento.