Lembro como se fosse hoje, daquela aula de filosofia da minha 5° série, onde após uma grande filosofada que muitos não entenderam nada, o professor pediu para que escrevêssemos o que tínhamos compreendido. Ao entregar o trabalho corrigido o professor virou para mim e disse: “Você tem um talento de interpretar o que as pessoas falam”! Aquilo para mim teve um efeito grandioso, pois era um dos piores alunos da sala, a partir desta data entrou no meu coração o desejo de ser psicólogo.
Também
me lembro do primeiro caso clinico que atendi no 5º ano de Psicologia
(coincidência não?), a faculdade que fiz só tinha estágio (práticas) no quinto
ano. Minha primeira missão era ajudar uma adolescente a superar o medo de
cirurgia, pois deveria realizar com urgência uma cirurgia do coração. Era uma
missão dupla porque também deveria convencer sua mãe a assinar e agendar a
cirurgia, na qual tinha resistência. Eu
tinha três meses para isto (prazo do médico dela) a jovem com um mês desejava
operar, mas a mãe ainda não. Eu não sabia muito que fazer, meu supervisor me
passou algumas bases teóricas comportamentais para convencê-la, o que não me
ajudou muito. Entendi que a mãe da mocinha não tinha fé, tive um insight sobre
o que eu deveria fazer. Recorri às teorias do meu teórico favorito Viktor
Frankl, que diz que somos seres bio-psico-espiritual, e a função do terapeuta é
ajudar o paciente a fortalecer nestes três fatores. No final de cada sessão
liamos salmos de encorajamento e na ultima sessão com a família reunida fizemos
uma oração. A cirurgia foi um sucesso, os médicos se espantaram ao ver a rápida
recuperação da jovem.
Sigo
hoje as orientações de três sábios teóricos e um Mestre, são eles: Aaron T. Beck,
psiquiatra americano e pai da teoria cognitiva; acredita que as
crenças/pensamentos influenciam no comportamento. Por seguinte, Irvin D.Yalom,
psiquiatra americano, existencialista, expert na estruturação do relacionamento
terapeuta-paciente. Eis o favorito, Viktor Frankl, um psiquiatra Judeu
Austríaco, que como prisioneiro em um campo de concentração de Hitler,
fundamentou a Logoterapia, a terapia do sentido. Entre seus livros escritos
esta o “A presença ignorada de Deus”. E por fim, também sigo os ensinamentos do
Pai da psicologia e Mestre, Jesus.
Nos
livros “Jesus o maior Psicólogo que já existiu e Como Deus cura a dor”, Mark W.
Baker, psicólogo americano, relata casos clínicos junto a exemplos de como
Jesus realizava suas curas. O autor
ressalta que toda base teórica é fundamentada nos ensinamentos de Cristo, o que
também acredito.
Sei
que o que estou escrevendo é um prato cheio para algumas pessoas que me acham
um E.T e para alguns profissionais que adotaram a abordagem de falar mal do
outro para fidelizar clientes. Mas, não posso escrever um artigo sobre o dia do
Psicólogo sem lembrar daqueles que me influenciaram a ser um, maiormente o
grande mestre Jesus.
Não
me contentava com a historinha da evolução do homem através do macaco em meio
às aulas de anatomia, era muito claro que a complexidade do cérebro humano não
poderia diminuir-se a isto. Não me contentava com muitas teorias de homens que
durante suas fundamentações teóricas, surtaram ou eram mais neuróticos do que
suas teorias (opinião pessoal), mas meu coração enchia de alegria quando
aprendia sobre homens que foram exemplos de vida, bons líderes familiares e
humildes. E como contestar um Homem que por onde passava mudava o comportamento
das pessoas, acrescentavam sua fé e através de seu comportamento
terapeuta-paciente, fazia com que as pessoas refletissem sobre seus valores e
fortalecesse seu sentido de vida.
Parabéns
a todos os psicólogos! Desejo que todos se espelhem em grandes exemplos, para
que sejam instrumentos nas mãos de Deus diante da missão ajudar os que
sofrem.
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