“Leve os jovens a
enxergar os singelos momentos, a força que surge nas perdas, a segurança que
brota no caos, a grandeza que emana dos pequenos gestos!” (Augusto
Cury)
Engana-se quem
acreditou que o ardiloso “jogo suicida”, conhecido como “Baleia Azul”, se
tratava simplesmente de uma fase, que logo acabaria e que na verdade atingiria
apenas os jovens revoltados, mimados, de mal com a vida, que se chateiam por
pouca coisa. Tal pensamento anda na contramão de uma possível prevenção, uma
vez que, o assunto deve ser melhor abordado, principalmente entre as famílias,
pois de fato os índices de suicídio entre os jovens não param de subir. Como
prova disso, em 1980, a taxa de suicídios na faixa etária de 15 a 29 anos era
de 4,4 por 100 mil habitantes; chegou a 4,1 em 1990 e a 4,5 em 2000. Assim,
entre 1980 a 2014, houve um crescimento de 27,2% (fonte: http://www.bbc.com).
Com
a evasão deste efeito (baleia), ainda surgiram outros, entre eles o mais recente,
“The Haters” (termo em inglês que significa, aqueles que odeiam, repugnam ou
simplesmente os odiadores ), que para confundir as buscas substituíram a letra
“A“ pelo algarismo numérico “4”, ficando H4ters.
O formato atualizado trata-se de uma rede hierárquica de uma espécie virual de
jogos mortais, onde tarefas sarcásticas são dadas com possibilidade do jogador
galgar um nível na hierarquia, contradizendo apenas nos casos na qual o
suicídio é o próximo passo.
O
inimigo agora é outro, uma vez que no modelo The H4ters, o jovem é que pede
para ser aceito no satânico jogo, então passamos a lidar com o desejo (em
sanidade ou não) individual que pode se tornar (se já não aconteceu) um caos
social. Essa geração de jovens é mais fragilizada e difícil de entender, isso é
um fato, fruto de famílias desestruturadas e ou sem percepção de cada
comportamento do filho em seu desenvolvimento. Não é de se estranhar que essa
alavancada dos índices de suicídio entre jovens deu-se com o enfraquecimento
familiar, onde os mesmos estão passando mais tempo na frente de um computador
do realizando outras atividades.
Portanto, os pais precisam ser orientados, para saberem lidar com seus
filhos, defrontarem em conjunto a gama enorme de influências que eles trazem da
rua ou de múltiplos níveis, até mesmo de blogs ou redes sociais, como também, apaziguarem
os vulcões em seus corações, que muitas vezes estão prontos para
entrarem em processo de erupção, uma tarefa que não é tão fácil.
Os
casos estão chegando para nós profissionais da saúde, educação e líderes
religiosos, com um quadro que se encontra já perto de estourar. Assim, lutamos
com todas as forças para encaminhar e tratar, socorrendo e dando todo o apoio
necessário. É o que estamos vivendo em minha cidade, atendendo um publico
grande de jovens semanalmente, e graças a Deus conseguindo ajudar, entretanto,
após a tempestade emergencial surge uma família que precisa ser crucialmente fortalecida,
para lutarem com o dia de amanhã que poderá trazer mais um ataque via redes
sociais e desta vez potencializado.
Em
suma, estes “jogos mortais” são parecidos com as doenças virais, que vão e
voltam mais fortes, uma vez que encontram organismos mais fortalecidos,
facilitando o seu controle, devido ao suor de toda uma equipe trabalha com a
sua prevenção e imunização de pessoas. Desse modo também deve ser o trabalho de
todos nós, fortalecendo pessoas e suas famílias, principalmente o público de
risco (os jovens), para que consequentemente imunizem-se contra essa ardilosa
investida, uma vez que sempre existirá, todavia, que seja então menos letal.
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