O Mal do Século

“O inimigo ataca novamente”!

            Creio que ainda há pessoas que possam se surpreender com a minha opinião de que o mal do século não é a depressão, nem o problema de coluna e sim a pornografia, como já afirmei em um outro artigo, muito lido no meu site. A pornografia tem destruído muitos lares, muitos casamentos e agora está destruindo infâncias e adolescências. O olhar dos profissionais da saúde mental está voltado para os efeitos do consumo excessivo (e precoce) da pornografia. Tendo como consequência a depressão, ansiedade, déficit de atenção e até uma alarmante incidência de disfunção erétil entre jovens tem aparecido nos consultórios, em transtornos ligados à compulsão por vídeos pornográficos.

          

  Décadas atrás a luta para que a pornografia não chegasse as crianças e adolescentes já existia quando os pais evitavam o acesso as revistas de nudez ou pornográficas propriamente ditas. Os adolescentes levavam páginas arrancadas de tais revistas para a escola para que na hora do intervalo fosse mostrada sigilosamente como um crime onde ninguém poderia descobrir. Hoje, a pornografia está livre pela internet, pareando nos celulares e nos computadores, mas agora com pouca vistoria dos pais e os que tentam são facilmente enganados devido a falta de conhecimento tecnológico.

            Segundo as estatísticas apresentadas na Uol sites de pornografia têm mais visitantes mensais do que Netflix, Amazon e Twitter, juntos 4.392.486.580 horas foram gastas nos vídeos do PornHub em 2015 (sim, 4 bilhões!) 87.849.731.608 vídeos foram vistos no PornHub em 2015 (média de 12 vídeos por pessoa no planeta). Os brasileiros gastaram em média 7min57 no PornHub em 2015 - ocupam o número 18 no ranking de países (Filipinas lidera a estatística, com 12min45). Como foi o acesso do Brasil no PornHub em 2015: 50% computadores, 45% celulares e 5% tablets.

As consequências deste comportamentos entre os adolescentes é que os mesmos estão passando a ver a pornografia como algo comum, prazeroso e sem responsabilidades/riscos físicos. Ou seja, para muitos garotos, o sexo convencional deixa de ser atrativo, quando casam preferem os prazeres da pornografia do que buscar tê-lo dentro do casamento.

Hoje muitos psiquiatras e neurocientistas estão dando o braço a torcer que a pornografia pode se tornar um vício em pouco tempo de prática. Ela ativa no cérebros as mesmas áreas que uma droga ilícita. Viciados em pornografia afirmam que passam horas frente ao computador, deixando a vida social de lado, perdendo empregos, casamentos e ficando mais agressivos do que antes do vício. Recentemente, o ator Terry Crews de "Todo Mundo Odeia o Chris”, admitiu que tem a compulsão por pornografia online, alertando para os perigos deste comportamento.

Os pais devem ficar alertas para os comportamentos dos filhos adolescentes, os sintomas do vício da pornografia são bem semelhantes do que a do álcool e de outras drogas, entres eles: a agressividade, o isolamento social, diminuição do apetite, insônia e desejo de estar mais tempo frente ao computador com alta privacidade. Muitos pais tem a dificuldade de saber o que o filho está vendo, vou dar a minha opinião, computador do adolescente deve estar em local que visibilidade dos conteúdos, pois dar muita privacidade para eles, por outro lado podem estar dando a isca para o peixe. Logicamente todo adolescente vai achar ruim, mas o que é licito, o que é saudável pode ser acessado as claras.

O inimigo da pornografia está ganhando forças por duas razões, uma porque muitos pais acham normal e másculo o filho acessar os conteúdos, dizendo muitas vezes: “Se está vendo mulher pelada é porque é homem”. Mal sabem que entre os efeitos colaterais da pornografia está a ejaculação precoce e a impotência sexual, que faz com que o homem se sinta menos homem, precisando de tratamento psicológico parar se recuperar.

Converse com seus filhos, netos sobrinhos, passe esse artigo para frente, use-o como alerta, o mundo da pornografia gera bilhões, deixa rico os empresários do ramo e destroem as famílias e o casamento, assim como o cigarro. Professores, alertem seus alunos adolescentes, colaborem com o futuro deles, aos que não acatarem os conselhos, tanto alunos quanto os pais, resta a eles nossa oração e braços abertos quando precisarem.