"Se
um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver” (Martin
Luther King)
Pode parecer estranho, mas para
alcançarmos a felicidade e o desenvolvimento emocional e espiritual devemos
morrer! A paz, o amor e a esperança surge através da morte.
Para
que pudéssemos saborear uma deliciosa carne, um animal teve que morrer, para
que muitas pessoas no passado pudesse se aquecer (com o couro), animais tiveram
que morrer, para que pudéssemos usufruir das matérias primas da madeira,
arvores tiveram que morrer, para que pudéssemos usufruir de medicações, animais
cobaias tiveram que morrer, para que pudéssemos gozar de um país livre,
revolucionários morreram, para que haja segurança, homens morrem todos os dias,
para que haja socorro as pessoas, homens morrem diariamente e para que
tivéssemos vida um Homem morreu por nós!
Vemos
em noticiários que pessoas estão morrendo fisicamente porque não conseguiram
morrer emocionalmente antes. Por exemplo nas brigas de transito, se durante um
conflito no transito uma das partes negasse a sua ira, negasse a frustação do
prejuízo, negasse as frases que já ouviu na vida, como a de não levar desaforo
para casa, honrosamente proporcionaria vida.
Se
uma pessoa que foi abandonada e/ou traída, negasse (suportasse) o sofrimento da
rejeição, negasse a ira, a vingança, a revolta, morrendo para a situação,
automaticamente, deixaria o outro ir em paz, livre para receber da vida as
consequências de seu comportamento, não haveria assim morte física e sim vida!
Se
um dos conjugues, negassem o perfeccionismo, os rancores, as suas vontades
individualistas, a angustia da não retribuição, a angustia da não mudança do
outro, a angustia do tempo passando sem solução, morrendo para as suas
carências, não haveria tantos divórcios e sim vida no casamento. Como a morte
traz vida, o casamento em que um conjugue nega a si mesmo e ama o outro
incondicionalmente há transformações!
Se
os pais, negassem os seus próprios interesses, parte de seu tempo, suportando a
frustação das coisas não serem do jeito que querem, suportando a angustia da
preocupação, a tristeza do não reconhecimento, a tentação de estar sempre certo
e as dores das feridas de sua própria infância, haveria vida no relacionamento com
os filhos.
Se
tivessem mais pessoas que negam a si mesmo, negando sua zona de conforto,
morrendo para o egoísmo, haveriam assim mais pessoas preocupadas com o
sofrimento do próximo, mais pessoas desejosas de amar incondicionalmente o
outro.
Se
tivessem mais profissionais, que morressem para o câncer do consumismo,
capitalismo competitivo, negando seu orgulho, negando ser o que a sociedade
pede, negando ser o que até por muitas vezes os pais ansiavam, existiriam mais
profissionais interessados em ajudar e não somente em ganhar dinheiro. Haveriam
mais profissionais estendendo a mão ao próximo, independente se tem dinheiro ou
não, usariam a capacidade intelectual para proporcionar mais vida ao outro.
Para
que possamos perdoar, devemos morrer, para não nos culparmos, devemos morrer e
para fazer outra pessoa feliz, temos que morrer. Quando me perguntam qual o
segredo de fazer a minha esposa tão feliz, respondo: eu morri para mim mesmo!
Não, não deixei de me amar, me amo mais a cada sorriso dela, a cada sorriso
daqueles que ajudo, a cada lágrima de olhos agradecidos, me amo mais quando
olho para o céu e sinto a sensação de dever cumprido a cada dia.
Para
que outros possam viver, vale a pena morrer, morrer para o egoísmo, morrer para
a mesmice, para as velhas crenças de individualidade, para as bocas que dirão
que você é um idiota. Experimente!
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