“Jesus é a ponte que nos liga a Deus, a
religiosidade é o abismo que nos separa”
Vou
falar sobre um assunto polemico, mas infelizmente pouco comentado entre as
autoridades cristãs, talvez por que falta de coragem ou de entendimento em
relação às diversas pessoas feridas por outras que utilizam o nome de Deus para
este fim.
São muitas as
consequências das feridas ocasionadas pelas pessoas que ferem em nome de Deus,
dentre elas a distorção negativa da espiritualidade e características de Deus.
Passam a ver Deus de uma forma que cause repudio ou descrença. Vou citar os
casos mais comuns de se enxergar, não que os demais não tenha importância.
Há
pessoas que se divorciam ou interrompem relacionamento dizendo que é por causa
de Deus! Dizem que foi revelado ou que deve deixar o casamento/ relacionamento
para servi-lo. Tal fato ocorre quando coloca-se sentimentos humanos e desvio de
caráter em Deus, ou seja, a pessoa não consegue resolver seus problemas no
relacionamento porque já está cansada, ai para ficar menos deselegante joga a
batata quente para Deus como o responsável pela decisão inquestionável. No caso
de namoros, a pessoa primeiramente não pensou bem antes de começar a namorar
outra pessoa que pensa muito diferente dela, ai para consertar joga Deus no
rolo.
Outra
forma de agressão é julgar uma pessoa depressiva de fraca, pois a depressão é
do diabo. A própria bíblia nos mostra casos de pessoas que passaram por tanta
dificuldade que apresentaram sintomas de depressão como nos casos de Jó, Davi,
Ana e Elias. Um cristão pode ter depressão, mas como todo mundo, não podem se
acostumar com ela, e pesquisas comprovam que a prática espiritual ajuda a
superá-la.
Uma
das formas mais cruéis de feridas em nome de Deus é a exclusão de pessoas.
Geralmente acontece quando a vítima abandona a religião que antes pertencia
decidindo frequentar uma outra. A postura da família ou de amigos é a mesma se
um palmeirense passasse a ser corintiano, imaginem! Ou quando a vitima para de
frequentar a igreja! Contraditoriamente o amor ao próximo antes pregado, some!
Encontramos
no meio cristão pessoas que cometem crimes iguais se encontra em protestos e
passeatas. É comum vermos em noticiários que terreiros de Umbanda são invadidos
e destruídos por fanáticos religiosos, ou que outros invadiram igrejas e
entidades católicas e quebraram um santo pertencente ao local. Invadir um local
e cometer um ato de violência é crime! Tal atitude deixam feridas nos
proprietários das imagens ou nos integrantes do terreiro.
Infelizmente
existem programas televisivos que incentivam a violência religiosa, por
exemplo, as novelas globais que expõem os evangélicos passando uma imagem
generalista de comportamentos que imaginam ser padrão. Acirram também uma
incoerente competição entre evangélicos e católicos em muitos programas,
comparando-se aquelas pessoas que estimulam duas pessoas a brigarem
independente de suas vontades.
Nem
preciso falar dos casos de pedofilia ou corrupção dentro de algumas igrejas! O
ultimo exemplo de feridas em nome de Deus é a falta de amor por aqueles que
deveriam amar por seguir a Cristo (Cristão) dentro do próprio lar. São pessoas
que na igreja são amorosas, mas quando chegam em casa até o cachorro se
esconde. Um dia ouvi de uma jovem paciente minha que ela queria que o pai (um
líder religioso) a tratasse em casa da mesma forma como a trata na igreja. Na
frente dos outros com a máscara de santão a trata bem, mas em casa é um
carrasco. São inúmeras as passagens bíblicas que confrontam as atitudes citadas
neste artigo, mas vou resumi-las em apenas uma passagem que para mim é o
suficiente: Se alguém afirmar: "Eu
amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu
irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê (1 João 4:20)
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