Nos últimos artigos tenho trazido
algumas reflexões sobre a grande diferença entre falar e agir. Quando nos
esquecemos de olhar primeiro para nós antes mesmo de julgar ou afirmar algo,
geralmente cometemos injustiça.
Uma
cena me inspirou para escrever este artigo: “Algumas crianças estavam brincando
quando uma delas derrubou outra, sua mãe apressadamente a pegou pelo braço e
chacoalhando-a disse para pedir perdão a amiguinha e aos gritos levou um sermão
na frente de todos”. A minha pergunta na hora foi: Será que esta mãe pede
desculpas a todas as pessoas que ela machuca? Será que ela resolve seus
problemas na hora em que eles ocorrem?
Crianças
levam bronca na frente dos outros, tem sua intimidade violada quando seus pais
reclamam delas para a visita em suas casas, os pedidos de desculpas tem que ser
na frente de todos, quando chora recebe ordens para engolir o choro e quando
erra apanha ou leva um sermão antes de explicar o que aconteceu. Mas adultos, e
se fosse você? Você gosta de ser repreendido na frente dos outros? Gosta de ter
sua intimidade violada aos outros? Quando erra, pede desculpas na frente dos
outros? Quando chora por algo que lhe faz sofre muito, você consegue engolir o
choro? Quando comete uma falha e é repreendido ou sofre agressões antes de se
explicar, como se sente?
Por
que obrigar as crianças a fazer algo que nós não conseguimos fazer? Não seria
mais justo se perguntar: E se fosse eu nesta situação? Como gostaria que
agissem comigo? Como gostaria que meus pais fizessem na minha infância?
Que
tal além de tentar ensiná-las também aprendêssemos com elas? Conseguiríamos
perdoar facilmente, seriamos mais sinceros, mais felizes com menos, não nos
preocuparíamos tanto com a nossa aparência, seriamos mais fiéis aos nossos
amigos, trataríamos melhor os animais, veríamos nossos pais como heróis mesmo
tendo falhas, cantaríamos mais, sorriríamos mais, creríamos mais que há um Deus
que está olhando tudo o que fazemos, não seriamos tão preconceituosos, não
reagiríamos com agressividade às humilhações, etc, etc, etc.......
E vocês pai e mãe, aceitam também aprender com
os seus filhos? Lembro-me de um dia quando eu tinha aproximadamente 9 anos
minha mãe me perguntou o que ela deveria fazer em relação aos seus estudos,
estava insegura e nesta época eu não gostava muito de estudar mais perseverava
pois tinha um sonho. E este foi o meu conselho a ela, perseverar mesmo com
insegurança. Sempre admirei minha mãe por isso, ensinava e estava aberta para
aprender.
Existe
um vídeo na internet que achei super interessante, onde o pai conversa com o
filho sobre o seu sofrimento por ter abandonado a chupeta. O filho estava muito
triste e o pai dizia que estava com ele e que o ajudaria a suportar.
Vamos
pensar nisto, antes de tomar uma atitude com uma criança vamos nos questionar:
E se fosse eu? Ensine-as com amor e esteja aberto para aprender com elas.
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