Iris Psicólogo e Palestrante
Sou uma pessoa que ama ajudar o próximo, casado com Juliane, pai da Isabela, Psicólogo Clínico (especialista), Hospitalar (especialista) e Organizacional (17 anos atuando na Santa Casa de Paraguaçu Paulista e 18 anos na área Hospitalar), Coaching Educacional, coordenador do grupo De Bem com a Vida (prevenção do suicídio) e comitê de prevenção a violências, Consultor, Palestrante Profissional pela Academia do Palestrante (IDHEO), também graduado em Teologia pelo CEBESP.
domingo, 17 de novembro de 2024
O diabo de cada dia: uma reflexão sobre a necessidade de fugir da autorresponsabilidade
sábado, 22 de abril de 2023
Os
“números” por trás dos atentados
“Este é o nosso mundo
O que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez é sempre a última
chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres, nós não
estamos
Vamos sair mas não temos mais
dinheiro
Os meus amigos todos estão
procurando emprego
Voltamos a viver como há dez anos
atrás
E a cada hora que passa
envelhecemos dez semanas” (trecho da música Teatro dos Vampiros, Legião Urbana)
O pânico foi instalado após uma série de atentados nas
escolas, motivos para os pais perderem o sono e os alunos a travarem de vez a
vontade de ir para a escola. Nos EUA a situação sempre foi pior e os atentados
não tem lugar específico, mas as escolas são alvos de tempos em tempos. A
reflexão na pandemia foi: o que somos? Do que adianta muitas coisas diante
desta doença que nada se pode fazer? Passando alguns meses de tranquilidade estatística,
tais reflexões sumiram e o mundo volta a ser mundo, com direito a guerra na
Ucrânia mesmo na pandemia.
A indagação mediante as mortes do dia a dia sem motivos agora
é: o que está acontecendo com a população? Os ataques as escolas não são casos
isolados da violência, quem acompanha os meios de comunicação jornalística
sabem que o feminicídio virou uma pandemia do mal, o abuso de drogas está
transformando as pessoas em zumbis sociais, a violência doméstica estourou nos
tempos de pandemia e não regrediu mais. Sim, a sociedade está doente!
Minha opinião sobre esse assunto é um compilado do que já
ouvi de pessoas em atendimento nos meus 18 anos de formado em psicologia
clinica e hospitalar ininterruptos. Os números crescentes de mortes nos
atentados as escolas tem como peça chave, os números. O ser humano em grande
parte no mundo tem tratado as pessoas como meros números. Muitas empresas
exigem números para a entrada e permanência, mas há os que dizem que o mercado
de trabalho é uma selva, sim até pode ser, mas até na selva o animal expulso do
bando, com fome ou não aceito, desenvolve mais agressividade, tornando predador
até de espécies fora de sua cadeia alimentar. Empresas que capacitam para que
hajam eficácias na produção de forma humana correm por fora desta selva.
No sistema de ensino, muitas escolas correm atrás do
tempo com os seus professores para ficar com os conteúdos em dias e precisam
fazer com que a sala renda nas avaliações para que tenham bônus salariais e
outros benefícios. Fazendo com que os alunos que não acompanham ou tem um problema
de aprendizagem não diagnosticado devido a precariedade de profissionais
especializados nos assuntos (mais números), uma vez que trabalhos voluntários e
de ONGS na área tem suas dificuldades, porque não sobrevive sem recursos (mais
números). Augusto Cury a muito tempo atrás enfatizou que deveríamos estar mais
atentos a educar as emoções, o que resultou em um material didático nas escolas
particulares denominado “escola da inteligência” (menos números, ou seja, só
para um público que aderiram). Também é motivo de exclusão os depressivos, os
que possuem alguma doença mental, os que apresentam dificuldades comportamentais
no momento, tidos como pessoas que não somam, destinados então ao isolamento.
O seu poder de compra e o relacionamento com Bancos,
financeiras e até pessoas, tem como exigência máxima os seus números (mais
números), sejam patrimoniais, Score ou cifras salariais de maior evidência. Fazendo
com que famílias só autorizem casamento dos filhos se a parte escolhida tiver números
positivos. Isso é um grande passo ao fracasso pessoal de muitos e uma das
causas de tentativa de suicídio feminino e agressividade masculina (dificuldade
no relacionamento afetivo).
Usando o termo selva, muitas pessoas entre elas os adolescentes
e jovens vivem exclusão social devido a não preencherem os pré-requisitos de
uma sociedade perfeccionista, de uma religiosidade acusatória e moralista, de
uma política de embates teóricos que giram em torno de ataque e defesa com a
oposição. Enquanto o valor das pessoas estiver nos números, os números de
mortes só vão aumentar. E todos estão no mesmo barco, pois a pessoa que se
tornou violenta torna-se um risco para todo aquele que cruzar o seu caminho,
nele pode estar um adepto dos números como base de valores.
Sou um admirador de Jesus Cristo e daqueles que vivem uma
vida tentando repetir os seus passos como Madre Teresa de Calcutá. Ele nos
apresentou o número 3 que ressoa em sua trindade sobre a ótica do maior
mandamento que é “amar a Deus, o próximo como a ti mesmo”. Essa matemática coloca
todos na mesma chave de divisão, mostrando que a conta não vai bater se o
contrário acontecer. Ele também orientou que não devemos servir a dois senhores:
Deus e Mamon. Mamon é o dinheiro elevado ao patamar de divindade, ou seja, o
sistema de exclusão por números. Pois se você precisar de números para amar,
para confiar, para estender as mãos, você está servindo o sistema apenas. Por
isso muitas igrejas e templos não somam com as causas sociais, porque até
dentro delas o que vale são os números (quanto dizima, quanto ora, quanto
trabalha para a igreja).
Iris Vieira é psicólogo Clínico, Hospitalar , Palestrante,
coordenador dos comitês de prevenção do suicídio e de violências em Paraguaçu
Paulista-SP
Contato: @iris_palestrante /
irispsicologo@gmail.com
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
Quem é você quando ninguém está olhando?
“As causas não determinam o caráter da pessoa, mas apenas a manifestação desse caráter, ou seja, as ações”. (Arthur Schopenhauer)
“Ah, não tem ninguém olhando!” Esta é uma deixa que todo mundo utiliza para fazer algo que é proibido, imoral ou antiético. Seja jogar papel de bala no chão, passar no sinal vermelho, pegar o dinheiro dentro de uma carteira perdida, enfiar o dedo no bolo, colocar sujeira do nariz embaixo de algum sofá ou mesa, etc.
O conceito de caráter é definido pelo conjunto de traços morais e éticos de um indivíduo. Em termos gerais, o caráter define a índole da pessoa e como ela rege as suas atitudes, dentro dos parâmetros da honestidade e do respeito ao próximo.
É comum ouvirmos pessoas falando: “o(a) fulano(a) na minha frente é uma coisa, quando não está é outra”, ou, “só esperou eu sair para fazer”. Infelizmente hoje em dia muitas crianças não estão sendo educadas para serem verdadeiras seja na presença de pessoas assim como quando sozinhas. Nisto consiste a diferença da criança educada e a responsável. A educada só obedece às regras na frente de uma autoridade e a responsável mesmo quando ninguém está olhando.
É fácil elogiar ou se afeiçoar a alguém que é bonzinho, educado e honesto. Mas o que acontece em muitos casos é o desapontamento quando nos deparamos com atitudes desta pessoa quando está sozinha.
Então o caráter está interligado a comportamento social e individual, sendo que individualmente a pessoa não tem avaliações externas contando somente com as internas, ou seja, através da consciência. Quanto mais uma pessoa tem comportamentos inadequados sozinha, menos peso na consciência terá após uma atitude desleal. Muitas famílias reforçam o comportamento de tirar vantagem a qualquer custo, causando rombos morais no caráter dos filhos.
Presencio nos atendimentos a pessoas compulsivas, seja por uso de drogas, sexo, álcool, cigarro, compras, comida, que as recaídas sempre acontecem quando a pessoa se vê sozinha. Assim como comportamento de enganar a própria família na divisão de herança entre outros membros.
O pensamento “ninguém está vendo mesmo”, faz com que comportamentos duvidosos sejam enraizados na pessoa, o que futuramente acontecerá na frente dos outros, causando espanto porque “não era esperado” tal pessoa ter este comportamento.
Quem eu sou quando ninguém está olhando? Esta pergunta pode revelar algum comportamento que pode estar corroendo nosso caráter. As habilidades e inteligência pode fazer uma pessoa chegar ao topo, mas é o caráter que a faz permanecer. Essa é a explicação do porquê muitos famosos vão da fama a ruína. Que o caráter seja um assunto discutido nos lares, pois ao meu ver somente através disto é que o nosso país pode realmente mudar.
domingo, 30 de janeiro de 2022
Desenvolvimento Profissional
domingo, 23 de janeiro de 2022
Crise existencial
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
Homem em extinção
“Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso” (Albert Einstein)
O Urso Panda é um animal em extinção, assim como também os homens
criados para tratar bem as mulheres e preparados para o casamento e vida. Um
dos mais frequentes casos que atendo estão as crises depressivas de mulheres
que são maltratadas pelos maridos.
Tudo
começa na infância, que em muitos lares onde os meninos herdam as frustações ou
desejos reprimidos dos pais quando o assunto é mulheres. Incentivam o filho a
ser o machão, o garanhão e aquele que impõe medo nos demais. Quando o menino
chega em casa e diz que tem duas ou mais namoradinhas os pais acham graça e
incentiva, dando como desculpas que a criança é inocente. Mas mal sabem que
tudo o que ouvimos desde a infância fica impregnado nas nossas mentes e
interfere nos comportamentos futuros.
Os meninos não são criados nos dias de hoje para tratar mulheres bem e saber
como lidar com suas fragilidades e comportamentos típicos do universo feminino.
A forma pela qual o pai tratava a mãe, também influenciará em como o menino
tratará sua esposa, a não ser que reflita sobre e deseje ser diferente.
Os meninos de hoje são criados aos moldes do vale tudo, crescendo como pequenos
reizinhos, onde tudo tem que ser na hora e da forma como querem. Um dos lugares
onde podemos perceber, isto é, no trânsito! Facilmente nos deparamos com
meninos crescidos somente de tamanho andando com seus carros como se fossem
donos da cidade, dirigindo de forma perigosa e não se importando com as
consequências que pode afetar na vida daqueles que não tem culpa de seus
egoísmos.
O menino quando cresce sem aprender os verdadeiros valores da família, ao casar
continua agindo como se fosse solteiro, preferindo estar com amigos e deixar a
mulher sozinha em casa. Fazem planos contando apenas consigo mesmo, deixam por
conta da mulher a total criação dos filhos e não acompanham suas mulheres em
nada. Ai, quando o Ricardão entra na área para dar assistência a mulher e
filhos abandonados, querem matar a mulher.
O menino quando não é orientado sobre os verdadeiros valores do amor e por
consequência o sexo, crescem colocando o sexo acima do respeito para com sua
mulher quando casado e quando solteiros perdem o respeito em relação a mulher,
pois só querem ter relação e abandonar a vítima para depois se vangloriarem
entre os amigos. Quando não aprendem os valores de ter filhos, são os primeiros
a desejarem ter relação sexual e posteriormente negam assumir a paternidade.
O menino quando não é instruído sobre a importância de saber esperar e sofrer,
crescem querendo tudo ao seu momento e desistindo daquilo que passa a ser uma
dificuldade, não completando estudos e não parando em empregos. Tendo sucesso
apenas em empinar pipas, no vídeo game, no futebol de campinho, enganar os
outros e ser super machão.
O
homem que se prepara para fazer a sua família feliz corre o risco de extinção e
diferente dos pandas que precisam ser acompanhados e as vezes reproduzidos em
cativeiro para manter a espécie, o homem pode se desenvolver em liberdade,
tendo seu caráter transformado a partir de uma decisão de mudar de vida,
recusando ser igual ao pai (ou mãe), recusando ter os modelos inadequados que
aprendeu seja em casa ou com a sociedade. Os que decidem permanecer em sua
ignorância, colabora para que as desgraças e vida conturbada se espalhem as
suas gerações vindouras.